quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

"Não dá pra esquecer você, seus olhos.
Muito menos a boca, os beijos, a bagunça do cabelo, o cheiro.
A rotina é tão sem graça, mas quando você tá junto tudo muda."
Esse foi o primeiro bilhete que ele deixou na porta da minha geladeira, encontrei um dia quando estava arrumando meu quarto...
Era um no meio de vários dentro de uma caixa, na verdade não DE UMA caixa, mas sim DA caixa, a caixa dele, a caixa que tinha as fotos, o cheiro e até uma mecha do cabelo.
Nostalgia.
Não sabia por que tinha acabado. Não sabia por que eu deixei que acabasse. Acho que foi a minha dedicação a faculdade e as constantes viagens. Me perguntava se eu tive que escolher entre a profissão e o amor...
Amor?
Eu sentia isso por ele.
Mas o que se podia fazer? A vida continua...
Dormi. Acordei. Segunda-feira. Folga do hospital.
Desci do prédio e fui tomar café da manhã na padaria ao lado. Sentei no lugar de sempre e escutei aquilo que eu passei uns 2 anos escutando:
- Hey, you!
Olho pra cima e o meu coração explode. Porque está explodindo? Ele sorriu, por isso. Eu respondo, ele senta. Conversamos muito. Continua solteiro. Saimos juntos da padaria. Faço uma pergunta:
- Quer subir?
- Claro! - Respondeu sorrindo.
Meu coração vacila novamente.
E foi isso, a partir desse dia eu e seu pai estamos juntos até hoje. Agora vai dormir Carol.

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